É por ela que me expulsam.
É nela que me sento.
Olho a sua ombreira, cheiro-a, tacteio-a e finalmente identifico a sua origem telúrica: calcário na sua maioria, mármore raramente, granito para o norte e basalto na ilhas.
Quantas vezes entro e saio por elas, na ânsia de encontrar o desconhecido e de me encantar com ele.
É por elas que me transcendo, me transfiguro e elas comigo.
Portas e portais que nos desvendam mundos sempre novos para quem entra pela primeira vez e mundos bafientos para quem lá habita.
Entrar ou não entrar, heis a questão.
É por aqui que vou matar a cede
Porta sim, porta sim
Que belas portas e as suas escadarias
Entrada para uma antiga mercearia