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março 10, 2013

Um curso em Milagres


9 de março de 2013,  Lx

Texto elaborado a partir de Um Curso em Milagres (UCM) dirigido por Isabel Ferreira

Este encontro foi realizado neste dia para celebrar a Páscoa que significa renovação, renascimento, ressuscitar  o ser puro que nós somos.
Renascer significa olhar para dentro e ver o que ainda não vimos.
QUEM SOMOS NÓS?
Recebemos o nome e a educação dos nossos pais e não sabemos muito bem quem somos. Fomos programados para nos identificarmos com o nome, com as crenças que eles nos inculcaram. Os pais moldam as crianças segundo as suas espetativas. Acabamos por nos identificar com a nossa história a partir dos acontecimentos que vivenciámos.
MAS... nós participamos nessas histórias mas não somos as histórias, fomos a consciência –
somos um corpo de grande consciência.

EGO/ FILHO DE DEUS
O ego é a nossa personalidade. Pensamos que somos a profissão, o que fazemos, as nossas atitudes. É tudo o que vem de fora -para dentro

A sociedade coloca-nos capas, crenças que espartilham os nossos pensamentos, emoções, atitudes e criações. Depois cria-se um buraco que tentamos encher com comida, vícios, sexo, cursos …


Mas o buraco nunca se enche e permanece a sensação de vazio. Um vazio de quê?
Surge a crise de identidade: QUEM SOU EU? PARA QUE SIRVO? QUE ESTOU AQUI A FAZER?
Atualmente a crise de identidade inicia-se mais cedo, por volta da adolescência. Antes era mais pelos 40 anos.
REVELAÇÕES: “Tu não estás a viver a tua vida, estás a viver como um travesti, porque a creditas em algo que não és. “ Segundo o livro –UCM-
Além de um ser vivo, quem sou eu? O que tem sido a minha vida não está alinhado segundo o meu propósito de vida e  não sou o que penso. "Atualmente tu pensas que és o que o teu ego te tem dito."

O QUE TENHO DE MUDAR?
A vida vai nos mostrando que após o temporal, após a destruição das construções humanas, há algo de imutável em nós. Por vezes continuamos com as mesmas rotinas após um temporal, um tsunami.

Fomos programados que temos que sofrer porque somos pecadores, que o mundo não presta, que o mundo é padrasto. Arranjamos sempre maneira de não sermos parte do problema. Somos sempre vítimas das circunstâncias. Lastimamo-nos dizendo que não somos bons, que não merecemos o que nos acontece e que os lá de cima (Deus) é que sabem da minha vida, se eles querem que eu sofra tenho de sofrer.

AFINAL QUEM SOMOS NÓS?
Estamos dependentes das condições exteriores, como as tempestades e tsunamis?
OU SEREMOS ALGO MAIS?
Deus, a matriz divina, o universo manifesta uma infinita paciência. Como é que a injustiça não existe se eu sinto as barreiras, os problemas?
O QUE RESSOA COMIGO? O QUE FAZ SENTIDO?
Quando somos tocados por esta inquietação, iniciamos uma busca que não tem fim. Aprendemos a ler os sinais. Estamos atentos aos outros. Estamos atentos essencialmente a nós mesmos. O que sinto nesta situação? É importante procurar, descobrir, questionar mas tem de haver momentos de paragem para fazermos sínteses, integrações para não passarmos a vida à procura.
 

O ego diz-nos constantemente que tu és imperfeito, tens de acumular coisas, tens de ganhar mais, colecionar tudo, encher a casa de objetos. E quanto mais enchemos mais vazios nos sentimos.
Atualmente sentimos o chão a sair dos pés (tsunamis) que vem desafiar a nossa identidade.
QUEM SOMOS? PARA ONDE VAMOS?
Há agora mais procura de sínteses e de integração por causa da crise mundial que afeta a vida.
O ego diz-nos que somos: um curso e  um  mestrado. Mas vivo inquieta, incompleta. Estamos a dar prioridade ao que é secundário. Enchemo-nos de entulho, de conhecimentos vãos.

PENSAMENTO DUALISTA
Temos de escolher entre o bem e o mal que são as duas faces da mesma moeda, depende da perspectiva com que se olha. Para que uns terem saúde outros têm de estar doentes, para uns serem ricos, outros terão de ser pobres. Acreditamos que Deus criou o bem e o mal. Mas nós é que olhamos conforme nos convém para o mesmo acontecimento que tem duas caras. O ego dá-nos um mundo dualista, deixa-nos em conflito e num tumulto eterno. E mais… DEUS NÃO TEM NADA A VER COM ISTO. Os opostos digladiam-se há séculos.  Quando estamos bem esquecemo-nos… e zás caímos no poço novamente. E nunca temos paz.

Um ciclo interminável.


MAS
Aquele que se percebe que tudo é – que tudo é Amor deixou de ver os opostos.  
TUDO É PAZ ALEGRIA
O ego diz: qual é a graça de uma vida sem adrenalina?
Eu tenho de estar na vida naturalmente, sem resistências. Estar atento às crenças, ouvi-las e depois perguntar: “O que estou a sentir? Como estou a vivenciar esta crença?
Temos estas ideias: Temos de salvar o planeta que está poluído, temos de educar, temos de mudar de governo…

MAS A ÚNICA MANEIRA DE SALVAR OS OUTROS É SALVAR-NOS A NÓS.
Pensamos que estamos a salvar o outro, a ajudar o outro e muitas vezes  eles servem de cabides para colocarmos o que ainda não está integrado. Pomos os ovos no cesto do outro. E o outro nem dos seus ovos sabe tomar conta quanto mais dos ovos dos outros.
Na educação, cursos, TUDO o que é MENTAL pode ser transmitido. O que é integrado, não sai. E cá dentro só nós é que podemos mexer.

OS OUTROS
Quem são os outros? Quem sou eu se os outros não me aprovarem nas minhas atitudes? Colocamos o nosso poder no cesto do outro. Dependemos da aprovação dos outros para seguir o nosso caminho. Tenho de ouvir o outro dizer que eu sou importante. Estamos em constante perca de poder porque pedimos licença aos outros para existir. E o PODER NÃO SE PEDE, ASSUME-SE.
Não ousamos assumi-lo para nós próprios. ASSUMAMOS O NOSSO PODER
Na nossa vida as condições exteriores podem ser adversas, mas pela sabedoria, pelo contacto com o Deus que há em nós, resgatando o poder que temos, podemos alterar o exterior.
As sínteses ou integrações que vamos fazendo não podem ser alteradas. Pouco procuram onde está o poder – O PODER ESTÁ DENTRO DE MIM. Quando a pessoa se torna mais autónoma é quando assume o seu poder e já não se relaciona com as pessoas por necessidade ou por culpa. Quando temos pessoas ligadas a nós devemos libertá-las. Dar-lhe a independência. Uma mente que se liberta vai libertar outras mentes.
Muitas vezes aprisionamos as pessoas: “Coitadinhos têm frio… vou-lhes dar o casaco para tapar o frio que eu sinto” Muitas vezes cuidamos dos outros, colocando os nossos ovos nos cestos dos outros e esquecemo-nos de nós. Tornamos os outros dependentes de nós. “Eu sei do que tu precisas. Somos nós a fonte do teu suprimento. Para nos sentirmos amados… Dependemos das fraquezas dos outros.
ATENÇÃO não há nada de errado em ajudar os outros, mas temos de saber o propósito, a atitude e estar atento ao que sentimos. Se estou desempregado necessito de um patrão. Se estou carente necessito de alguém que me dê afeto  / amor. Temos de resgatar o nosso PODER. E quem BRILHA sobressai e está sujeito a ser criticado. Não existem nem boas nem más pessoas pois depende do ponto de vista.

Atualmente as crianças e alguns adultos dependem de tudo, da TV, do PC, dos jogos e até das pessoas. Sem isto não existíamos. O problema não está na tecnologia mas sim no tipo de relação que estabelecemos com a tecnologia.
Cada um deve assumir o seu poder.

EXERCÍCIO 1
TU ESTÁS A FAZER ISTO A TI MESMO
Reciclamos as nossas dores. “coitadinho de mim”. Mas arrastamos os acontecimentos e as suas emoções para o presente.
1º Olhar para aquilo que pertenceu ao passado, trazer as imagens à consciência e fazer a pergunta:
2º“ISTO ESTÁ A ACONTECER AGORA?” 
3º Responder: “NÃO”
4º Então dizer repetidamente “NÃO SEI O QUE ISTO SIGNIFICA”
O observador em nós tem todo o poder. Dizer “Não sei o que isto significa” esvanece a emoção associada ao acontecimento.
“Isto está a repetir-se agora?” NÃO! Então não sei o que isto significa.
Deve olhar para a imagem -->  olhar para a sensação  -->  e dizer  “Não sei o que isto significa” para que o cérebro lhe dê um novo significado e se formem novas sinapses, criando neutralidade na emoção associada a esse acontecimento. Se há uma memória há uma reação mecanizada com um acontecimento similar, mas se a memória for desprogramada não há reação.  É a chamada Desprogramação Neuro Emocional (DNE).

O PASSADO NÃO EXISTE.
Mas culturalmente o passado deve ser chamado com todas as emoções pois dizem que é importante. O passado é dor, sofrimento, castigos, culpa e a sociedade valoriza o passado. Se neutralizamos o elo que liga a imagem à emoção, neutralizamos o vínculo e a imagem deixa de nos influenciar.
A mente cultiva ciclos. Para podermos cortar os ciclos temos de cortar a lógica. AGORA.
O passado não deve ser determinante porque já não existe.
NO AGORA:
- o passado não está a acontecer
- no agora não está a acontecer NADA
- eu estou a afastar-me, não me identifico, sou um observador
- a imagem perde a força se nos dissociarmos da ideia
- se nos dissociarmos da imagem ou ideia, libertamo-nos
- SOMOS APENAS UM CAMPO DE CONSCIÊNCIA  A VIVER EXPERIÊNCIAS
- todos os cenários se desmoronam
- Observamos que TUDO É VIRTUAL (não é factual) e se não sei o que isto significa, isto não tem a ver comigo.
-TUDO com o qual nos identificamos ganha a nossa força e ficamos na horizontal  (ou seja   identificarmos-nos com as mesmas sensações e experiências e não nos elevamos para um plano superior como observadores)
- a personalidade e o ego identifica-se com as experiências. Se estamos num plano superior, no papel de observador, não nos identificamos com as experiências. Aquele que conta a história não está na história, Funciona se formos observadores, se estivermos sempre a observar. “Nada do que tu vês significa coisa alguma” e o cérebro fica disponível para outras possibilidades.

É NECESSÁRIO FOCO, DISCIPLINA E CANALIZAR A ENERGIA PARA DENTRO. Como é que isto acontece? O observador tem de dizer: “Quem manda aqui sou eu.”

Eu sou a história da minha vida? Eu identifico-me com o passado? OU APENAS: “O PASSADO FOI VIVIDO POR MIM?”

O QUE É NOVO AGORA? ACONTECEU ISTO OU AQUILO. MAS EU NÃO SOU ISTO. E posso ficar sempre de pé. “Eu cai na história” mas, neste momento estou a conta-la levantado, logo estou levantado e não caido.
O OBSERVADOR não se afeta minimamente.
O EGO diz-nos para ganhar créditos ou débitos.
Devemos neutralizar o que sentimos.

QUEM É AQUELE QUE SENTE? NINGUÉM!
LOGO vai haver uma altura em que não vai haver histórias para contar e … abrem-se outras portas.
Se não ficarmos presos ao passado (aos acontecimentos, à história), abrem-se novas portas.

Arranjamos um ciclo de 50 e uma perguntas, uma teia de justificações para continuarmos com as rotinas. Tem de vir alguém de fora (psicoterapeuta) para nos colocar no papel de observador e deixarmos as rotinas.

UCM tem 365 lições
Uma das lições diz: “ nada do que vemos lá fora é mais do que o mundo que criamos inconscientemente”

INTERVALO DE CRIAÇÃO – ONDE TUDO É POSSÍVEL E NOVO
Se não pensarmos no passado, nem no futuro, abre-se uma fenda, um intervalo no espaço/tempo, nos momentos de relaxe, de meditação, de uma respiração profunda, onde não há ego, e um ESPAÇO DE CRIATIVIDADE, DE SABER INFINITO FICA AO NOSSO ALCANCE.

Depois de 5 minutos a dançar e a descontrair o corpo, pergunta: “O corpo físico está satisfeito?”

TEMOS DE ELIMINAR O QUE PROJETAMOS SOBRE OS OUTROS
A capacidade que temos de influenciar o mundo é através da relação que tenho de mim para mim e não de mim para o mundo.

Relação de MIM  para ---- MIM

Temos de trabalhar de mim para mim e deixarmos de nos projetar nos outros. Devemos tratar primeiro da nossa casa e depois da casa dos outros.

Os nossos problemas são a relação que estabelecemos de nós para nós porque a refletimos nas relação que temos com os outros:
- uns são maus
- outros tratam-me mal
- outros criticam-me
- outros adoram-me
- outros ajudam-me
E digo: “Eu não gostava de fazer isto, mas obrigam-me!” Vítimas! Mas afinal onde está o nosso poder? Colocamo-lo nas mãos dos outros. Tudo e todos servem para despejarmos o nosso lixo.
E depois divido-os em dois grupos, os que são maus e os que são bons.

Temos que dar descanso aos outros. Eles não têm que ser o nosso caixote do lixo.

O MUNDO ESTÁ À MINHA ESPERA PARA SER LIVRE porque todas as pessoas com que estabelecemos uma relação servem um propósito que, pode ser do tipo “cabide” ou um propósito do “ Espírito Santo”.

O que é que eu vejo? Ou o que é que eu atraio?  O QUE É QUE EU SINTO com esta relação?

Ao aceitarmos os ovos que não são nossos também enfraquecemos. Não devemos colocar ovos nos outros, nem aceitar outros. Os que nós temos já nos dão que fazer.

“NÃO POSSO ALTERAR O MUNDO”
Mas o que é o mundo? Cada um vê o mundo à sua maneira. Não tem realidade própria. O mundo é constituído por formas energéticas materializadas. O que há para além de objetos?

DIZEMOS QUE O MUNDO É QUE NOS CONDICIONA
Não há um mundo objetivo. O mundo lá fora é um conjunto de cenários onde eu quero escrever uma experiência, de forma inconsciente ou consciente?
POSSO programar experiências. Formas de transcender a realidade ou de a criar
ISTO QUE EU VEJO SÓ TEM ESTE SIGNIFICADO
Neutralizar a perceção.
Tem de haver transformação- sínteses, integrações.
 Ou está onde está, de forma centrada no agora, ou está fora, descentrado.

UCM refere que MILAGRE é – uma mudança de perceção para algo diferente.

Temos de criar novas realidades: “Os políticos são o inconsciente coletivo, dentro do jogo dualista.”

Se mudo, as pessoas com quem interatuam comigo  alteram a sua forma de comunicação.
Quanto mais inspirados, mais influenciamos os outros.
MAS a mudança inicia-se no interior.

FAZ A TUA PARTE – MUDA – E OBSERVA O QUE ACONTECE

“ O QUE É QUE EU VEJO, O QUE É QUE EU SINTO”
“O que roubas a si mesmo?”
O que é que não dou a mim?

Exemplo: “eu pago sempre as contas, mas atraiu pessoas que fazem dívidas” POR QUÊ?  Porque paga com medo de ficar com dívidas. Transformar o Medo em Amor.

EXERCÍCIO 2
1-trazer à consciências um memória negativa e coloca-la nas mãos unidas
2- fechar o olhos e ir abrindo os braços, muito lentamente
3- manter o foco no acontecimento, pode recorrer-se à descrição do mesmo com uma pequena frase
4- abrir os braços até a um ângulo de 180 graus

“Podemos fazer mentalmente.” “Visualizar” o cérebro uma vez treinado dá-nos o que queremos. Temos de colocar o cérebro a nosso favor.

Intensidade de 1 a 10, como classificas o acontecimento?
Tudo é normal. Todas as coisas são como são. Quando reduzimos tudo à neutralidade – reduzimos as coisas à sua essência, o amor.
Amor / Medo (dualidade básica)
O que está em causa é o que sentimos.
Não é importante os rótulos dos acontecimentos ou emoções, o importante é libertar-nos.
O conceito do amor UCM – é tudo o que é transcendência do ego.

EXERCÍCIO 3
AMAR O QUE NOS PERTURBA
Eu honro o que está aqui / porque sou eu/ solto a energia / o nosso corpo auto cura-se  porque tem uma enorme inteligência.
“ACEITO E AMO –isto- QUE ESTÁ EM DESEQUILÍBRIO”
Quando temos um problema há uma parte em nós quer está em sofrimento.

Escala de 1 a 10 classificar a intensidade da culpa, do ponto fraco,
A culpa, o ponto fraco, a fragilidade está a dizer: “Ama-me, aceita-me, olha bem para mim, eu faço parte de ti, observa-me” Dar voz ao que está reprimido.
“EU AMO O QUE ESTOU A SENTIR NESTE MOMENTO” Não devemos resistir, devemos observar, deixar vir, aceitar e frente a frente tudo é NADA!” (Conhece a verdade e a verdade te salvará)
Porque isto representa um pedido de amor. Eu sou amor total.  E eu envolvo com amor o que está aqui. Amar o que vem ao de cima, amar o que vem à consciência porque tudo é.  Podemos aceitar o que está carente, culpado, odiado, desprezado, criticado. Rejeições de nós próprios dando-lhe voz e expurgando tudo.
O exercício dos braços deve ser lento, para envolvermos os dois hemisférios e dar-nos a possibilidade de criar novas sinapses, novos caminhos neuronais.

A TI cabe oferecer-te
Ao ESPÍRITO SANTO cabe a cura (não interessa como)